segunda-feira, 4 de abril de 2011

Assaltos nas estradas: O terror dos motoristas

Crescente número de assaltos a caminhoneiros pede ações urgentes de segurança pública

            Assaltos a motoristas de caminhão nas mais diversas áreas do país estão se tornando um problema cada vez mais preocupante.  Os frequentes casos de roubos estão deixando motoristas assustados e transportadores aflitos com os acontecimentos. E os fatos não acontecem apenas nos grandes centros do país. A região do oeste de Santa Catarina também está sendo alvo. Segundo a Polícia Rodoviária Federal de Concórdia, nos últimos dois meses foram mais de 10 ocorrências de assaltos na região oeste - um número elevado e que preocupa o setor de transporte.
            Um transportador que faz parte dessas estatísticas é Marcos Simioni da MV Simioni, de Concórdia. No início do ano, Simioni teve um de seus caminhões roubados. Os bandidos renderam o motorista, deixando-o num cativeiro e levaram o caminhão. Nesse mesmo cativeiro havia mais quatro motoristas, também vítimas de assalto. Ou seja, no mesmo dia, cinco roubos estavam acontecendo ao mesmo tempo. Simioni conta que a audácia dos assaltantes é tão grande que eles estão inibindo até os rastreadores. “Os equipamentos de segurança não são suficientes para segurar nosso veículo. Precisamos de medidas para dar condições de trabalho aos nossos motoristas que precisam de segurança, caso contrário, não teremos mais mão-de-obra”, destaca o transportador.
            Diante do alarmante número de roubos de veículos de cargas ocorridos na região do oeste catarinense, entidades do setor de transporte estão tomando providências na busca por maior segurança nas estradas.
O SETCOM - Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas do Oeste e Meio Oeste Catarinense, é uma dessas entidades. Preocupado com o elevado número de roubos de caminhões e cargas especificamente na região de Água Doce (SC) - onde só no mês de fevereiro foram registrados cinco veículos roubados, o assessor jurídico do sindicato, Éderson Vendrame, elaborou um ofício contendo informações específicas sobre a situação das ocorrências e históricos nesses locais.
            No final do mês de fevereiro, Vendrame, juntamente com assessores jurídicos e o presidente da FETRANCESC – Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado de Santa Catarina, Pedro Lopes, estiveram em Brasília (DF) para uma reunião na Sessão de Transportes Rodoviário de Cargas da Confederação Nacional do Transporte - CNT. O objetivo foi demonstrar os acontecimentos e solicitar um aumento no número do efetivo da Polícia, além da reativação de um posto da Polícia Rodoviária Federal numa das regiões em que ocorrem mais assaltos, a região do Horizonte, em Água Doce. O ofício foi entregue ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
            Com a entrega do documento, o sindicato espera que os órgãos responsáveis pela segurança analisem o cenário e se empenhem para a solução do problema, zelando pela segurança dos motoristas.
            O presidente do SETCOM, Paulo Simioni, destaca que mais entidades precisam estar engajadas nesta causa. “Precisamos unir forças para buscar, junto às autoridades de segurança pública, um aumento da segurança nas rodovias da região, para que nossos transportadores e motoristas possam ter condições dignas de trabalho”, afirma.


Polícia está mobilizada

O policiamento dos estados de Santa Catarina e Paraná está trabalhando com foco na causa, buscando prender bandidos que atuam, principalmente, em roubos de cargas. Prova disso é que no dia 09 de março, foi preso em Pato Branco (PR), um dos líderes da quadrilha que atuou em roubos de cargas e caminhões na região de Concórdia. A prisão foi realizada através de uma operação conjunta da Policia Militar de Concórdia e do Paraná, através dos setores de inteligência, Polícia Civil e inteligência da Polícia Rodoviária Federal.  Segundo a PRF de Concórdia, o empenho por parte da polícia em combater o roubo de cargas é grande. As ações foram intensificadas nos últimos meses e as atenções estão voltadas para a questão.


Por: Luana Haubert
5ª fase de Jornalismo 

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