quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sete Vidas: Em busca de um sentido para viver


Por Gabriele Siqueira6a Fase de Jornalismo



[ Postado em: 09/09/2009 ]
Sete Vidas: Em busca de um sentido para viverEstados Unidos / 2008Com Will Smith, Rosário Dawson, Woody Harrelson e Barry Papper
“Em sete dias Deus criou o mundo, eu precisei de sete segundos para destruir o meu”. Essa é a frase usada para iniciar o drama estrelado por Will Smith, Sete Vidas. O filme dirigido por Gabriele Muccino conta a história do auditor fiscal Ben Thomas (Will Smith) e como ele planeja aliviar a culpa que atormenta sua vida. A exemplo de “A procura da Felicidade” e “Eu sou a lenda”, quando comecei a ver esse filme, sabia que a história me traria algo a mais. Will tem consagrado sua carreira ao protagonizar filmes com forte apelo moral. Em Sete vidas não foi diferente. O enredo mostra como pequenas ações podem mudar a trajetória de uma vida, não apenas a nossa, mas de muitas outras pessoas. Ben Thomas carrega consigo o fardo de um trágico segredo, que tirou todo sentido que ele tinha de viver e, ao mesmo tempo, trouxe sofrimento a outras vidas. Como forma de amenizar o mal que ele julga ter feito, mesmo que sem querer, resolve ajudar outras sete pessoas, algumas conhecidas outras que jamais teve contato antes. O critério para receber esse “presente”, como Ben resolve chamar, é apenas um: ter bom caráter. Para isso ele monitora seus escolhidos e acaba conhecendo mais a fundo uma pessoa em específico, Emily Posa (Rosario Dawson). Emily sofre de falência aguda no coração e sua vida está com os dias contados. A salvação para a jovem mulher seria um doador que possuísse sangue raro, e as chances para isso acontecer são muito baixas. A convivência com Emily faz Ben voltar a ver a vida com novos olhos, com vontade de seguir em frente e apagar o que um dia tanto o fez sofrer. Mas suas opções não são vastas, vidas estão em jogo e a decisão está em suas mãos. O desfecho do drama é o mais puro exemplo de auto-doação, de que realmente alguém se importa mais com vida do próximo do que com a própria. Sete vidas leva a refletir sobre o que temos feito para melhorar as condições de vida de quem amamos. E até mesmo de quem não tem nada a ver com nossas vidas. Que a gratidão é um sentimento muito maior do que qualquer recompensa possa oferecer, e que para isso não há necessidade de sentirmos o reconhecimento. Dar valor as coisas simples da vida e não deixar que problemas, por maiores que sejam, nos impeçam de continuar de cabeça erguida. A trama foge do padrão Hollywoodiano, nem sempre seguindo uma cronologia, mas ao final tudo se encaixa como um quebra-cabeça. Com cenas emocionantes, dignas de arrancar lágrimas dos corações mais durões, Sete vidas merece uma atenção especial, pois trás à tona a natureza humana mais difícil de se lidar: doar sua própria vida em favor de outras pessoas.

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