sexta-feira, 11 de junho de 2010

Agosto

Postado em: 26/05/2008

Agosto de 1954, a história inicia descrevendo o assassinato de um milionário – Paulo Gomes Aguiar - em um luxuoso duplex no edifício Deauville.
A polícia começa a investigar o crime. O comissário Mattos é responsável pela investigação. No banheiro do apartamento, o assassino lava o próprio corpo e esquece na cena do crime, um anel de ouro com a inicial “F” gravada no interior, alguns pêlos negros são encontrados no sabonete. A partir destes vestígios, Mattos decide descobrir quem matou o empresário e principalmente o motivo.
Enquanto isso, nas páginas dos jornais, o presidente Getúlio Vargas começa a perder popularidade. Escândalos políticos envolvendo o nome dele e de seus companheiros revoltam a população. O povo fica dividido entre o Presidente e Carlos Lacerda, um jornalista implacável que tenta a todo custo desmascarar o governo brasileiro.
O jornalista passa a ser uma ameaça ao presidente, desta forma, Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Vargas planeja um atentado contra a vida de Lacerda. O atentado a Lacerda acaba na morte do Major Vaz.
Novas manifestações surgem nas ruas, Lacerda acusa Vargas de ser o mandante do crime, e a população se revolta ainda mais. Gregório Fortunato é preso e começa a ser diariamente interrogado.
O comissário Mattos, que durante toda a história sofre de úlcera nervosa, passa a investigar os dois crimes, pois desconfia que tenham sido planejados pela mesma pessoa. A vida do comissário é marcada pelo envolvimento com duas mulheres, Salete e Alice.
Anos antes, Alice era namorada de Mattos, mas o deixara sem motivo, agora ela decide voltar para reconquistar o amor do comissário. Alice está casada com um rico empresário, Pedro Lomagno. Em uma das conversas com Mattos, Alice desabafa seu drama: diz que o marido tem uma amante, Luciana Aguiar, viúva de Paulo Gomes Aguiar, o homem cujo assassinato é investigado por Mattos. O Comissário, por sorte, acaba ouvindo algo de que realmente suspeita: o fato de Pedro Lomagno ter um amigo negro chamado Chicão.
O comissário percebe que Gregório não é o dono do anel, e suas suspeitas recaem a Pedro Lomagno. O raciocínio é simples: ele mataria Paulo Aguiar para ficar com Luciana e toda fortuna. Pedro percebe que Mattos pode descobrir toda a verdade e contrata Chicão para matá-lo.
Getúlio Vargas marca uma reunião com todos os ministros no Palácio do Catete. Cada ministro faz uma análise da situação política nacional e opina sobre como Vargas deve agir. As opiniões se dividem, alguns acham que o Presidente deve renunciar, outros insistem que ele permaneça no poder. Ao final, o Presidente, cansado, solitário e muito deprimido, segue para a ala residencial do Palácio. Com vergonha da família e de olhar para a própria imagem no espelho Vargas atira contra o próprio peito. O suicídio é encarado como uma saída para a situação política. O vice-presidente Café Filho assume o poder.
Mattos acompanha o velório de Vargas, mas com o estômago doendo decide voltar para casa. Combina de encontrar Salete no apartamento. Antes de seguirem ao hospital para operar sua úlcera nervosa, eles deparam-se com a presença de um negro alto e forte, que identifica-se como Chicão. Mattos entrega-lhe o anel e revoltado com toda a corrupção que cercava não somente a política, mas também a polícia, Mattos decide não chamar por socorro. Ambos são mortos por Chicão.
O delegado responsável pelo distrito onde Mattos trabalhava encerra as investigações e os crimes ficam sem solução. Na última página, somente após dois dias da morte de Getúlio Vargas, o autor descreve que a cidade teve um dia calmo. Tudo a volta ao normal como se nada tivesse acontecido.
O atentado a Lacerda e o suicídio de Vargas são fatos reais descritos pelo livro. Contudo, o principal personagem, Comissário Mattos, é fictício.


Por Iluza Carraro


5ª Fase de Jornalismo

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