[ Postado em: 09/09/2009 ]
"SIDARTA"HERMANN HESSEUm clássico é sempre um bom livro, assim como um bom livro é sempre um clássico. Para eles o tempo parece não existir, os anos e as décadas passam e eles não envelhecem, não perdem a magia do novo. Sidarta é mais um desses clássicos que não sofreu a ação do tempo, passa de geração para geração e não perde o sentido. Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1946, Hermann Hesse é um dos maiores escritores alemães do século XX. Escreveu Sidarta, originalmente “Siddharta” em meados da década de 20 e eu, por indicação de um amigo, li a obra de Hesse no começo deste ano. O romance trata da busca pela plenitude espiritual e o autoconhecimento. O autor escreveu Sidarta após passar um tempo na Índia – país hoje muito retratado pela mídia por sua diferença cultural em relação à religião. Sidarta é o nome do personagem principal, que durante a obra passa por várias etapas e estilos de vida até atingir o estado que almeja. Sidarta é o Buda de Hermann Hesse, pois foi com base nessa figura mística que o autor concebeu a obra.Desprender-se dos laços familiares, dos desejos e vontades, até mesmo da fome. Foi essa, a difícil tarefa que Sidarta teve para encontrar a si mesmo. Deixar a mente livre, atingir a plenitude. Muitas vezes é preciso desaprender para aprender e foi dessa maneira que Sidarta se encontrou. Após longos anos de peregrinação em busca do segredo que procura, Sidarta encontra nele próprio todas as respostas que aspirava. Hoje, estamos vivendo um momento de exaltação do lado espiritual e o maior ícone de todo esse processo é a igreja. Um número grande de igrejas existe e os fiéis são cada vez mais ortodoxos. Por isso, o livro Sidarta é uma obra primamente contemporânea, quando consegue retratar a quase um século atrás a busca incessante pelas respostas do “inexplicável”. A obra de Hermann Hesse é um livro indicado para qualquer pessoa que queira conhecer a história de um dos maiores líderes espirituais de todos os tempos, o Buda. Mas é bom lembrar, Sidarta está longe de ser uma autoajuda, ele vai muito além. Nas prateleiras da biblioteca da UnC escondem-se verdadeiros clássicos, principalmente no mais oculto, no último dos balcões, aquele que fica voltado para a parede. Foi de lá que extraí muitos dos meus favoritos livros. Por isso, olhem, tirem do lugar, revirem, encontrem os livros, podem ser histórias reais ou não, mas leiam.
Por Valesta Guero – 8ª Fase
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