Postado em: 26/05/2008
A Comunidade Terapêutica Raabe, que faz parte da Associação Beneficente Ágape de Concórdia (ABAC), oferece tratamento às mulheres com transtornos decorrentes do consumo de substâncias psicoativas como o álcool e as drogas. A finalidade é de reabilitação com ideais de vínculos familiares, amor e confiança em Deus.
O Projeto "Vida de Reabilitação" é baseado na Laborterapia e proporciona novos aprendizados como pintura, artesanato e agropecuária. Segundo a Coordenadora da Casa Raabe, Liliana Luiz de França, “as meninas tem um cronograma interno e existe também um regulamento da casa, como horário para levantar, almoçar e dormir, além de duas horas de laborterapia na parte da manhã e duas à tarde”.
Hoje a Raabe conta com uma infra-estrutura adequada para receber mulheres de todas as idades e possui uma equipe de profissionais treinados como psicólogos e orientadores, além do auxílio de professores voluntários de pintura e artesanato. O tratamento possui três fases distintas: isolamento total até os 60 dias, depois a reabilitação com a família que vai até o 5º mês e, a partir do 6º a ressocialização. Ao todo, o tratamento dura em torno de seis meses em casos de alcoolismo e cigarro e nove meses para casos envolvendo drogas.
O Projeto
Hoje a Raabe conta com uma infra-estrutura adequada para receber mulheres de todas as idades e possui uma equipe de profissionais treinados como psicólogos e orientadores, além do auxílio de professores voluntários de pintura e artesanato. O tratamento possui três fases distintas: isolamento total até os 60 dias, depois a reabilitação com a família que vai até o 5º mês e, a partir do 6º a ressocialização. Ao todo, o tratamento dura em torno de seis meses em casos de alcoolismo e cigarro e nove meses para casos envolvendo drogas.
Para maiores informações Falar com Liliana França Coordenadora Casa Raabe Na sede da ABAC Rua: Atalípio Magarinos 425 –Centro Concórdia/SC Fone: (49) 34449514 |
Saiba um pouco mais sobre o alcoolismo
“Alcoolismo: 1- doença ocasionada pelo abuso de bebidas alcoólicas; 2- intoxicação alcoólica crônica”. Essa é a derivação encontrada no dicionário para tratar de um assunto tão sério como o alcoolismo. O alcoolismo, no ponto de vista da medicina, é uma doença crônica, com aspectos que tanto podem ser de comportamento como socioeconômicos e é caracterizado pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.
O uso constante e progressivo de bebidas alcoólicas compromete de forma séria e pode prejudicar a saúde em longo prazo, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo. Com uma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga. O metabolismo no fígado remove de 90% a 98% da droga circulante, o resto é eliminado pelos rins, pulmões e pele.
“Alcoolismo: 1- doença ocasionada pelo abuso de bebidas alcoólicas; 2- intoxicação alcoólica crônica”. Essa é a derivação encontrada no dicionário para tratar de um assunto tão sério como o alcoolismo. O alcoolismo, no ponto de vista da medicina, é uma doença crônica, com aspectos que tanto podem ser de comportamento como socioeconômicos e é caracterizado pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.
O uso constante e progressivo de bebidas alcoólicas compromete de forma séria e pode prejudicar a saúde em longo prazo, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo. Com uma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga. O metabolismo no fígado remove de 90% a 98% da droga circulante, o resto é eliminado pelos rins, pulmões e pele.
Questione-se: Você já se perguntou porquê bebeu tanto na noite passada? Já acordou e sentiu necessidade de ingerir algum tipo de bebida? Precisa beber para se acalmar ou para ter coragem? Algumas pessoas já te falaram que você bebe demais, mas você insiste em dizer que bebe socialmente? Procure ajuda desde cedo, sua saúde agradece. |
A luta de uma mulher para manter-se sóbria
Era uma tarde de quarta-feira quando parti rumo a uma desconhecida clínica de reabilitação feminina. Motivo: conhecer alguém, conversar e escrever sobre ela. Mas como escrever sobre quem tão pouco conheço, ou melhor, tão superficialmente?
Minha primeira reação foi espanto, um lugar tão bonito, cheio de árvores e flores. Parecia aquele sítio onde todos querem passar o final de semana. Logo mais à frente encontrei cinco mulheres sentadas ao redor de uma mesa, jogando conversa fora, talvez, não sei. Silêncio total com a minha aproximação. Depois de várias explicações uma das mulheres levantou e disse:
- Eu quero falar!
Acredito que aqueles primeiros passos tenham sido realmente muito difíceis para aquela mulher. Seu olhar era de espanto e como ela tremia. Suor frio e mãos geladas era assim que Simone (nome fictício) estava. Sentadas lado a lado no sofá da sala, Simone e eu. Novamente o medo veio a minha cabeça. Como eu faço, o que pergunto, como será que ela vai se comportar mediante isso tudo? A calma veio logo. Simone, 34 anos, casada, mãe de uma menina de nove anos, está em fase de tratamento há dois meses. “Estou aqui por livre e espontânea vontade, vim porque preciso.
Eu já passei por duas clínicas. Me recuperei e voltei. Meu vício é o álcool...”, conta Simone. Senti naquele momento o desabafo e a dedicação de uma mãe que sonha em voltar a cuidar da família. “Se o regime fosse fechado eu não agüentaria. Não ter o que fazer durante todo o dia só nos faz pensar em besteira”.
Como qualquer outra mulher da sua idade, Simone trabalhava, cuidava da casa, do marido e da filha. A falta de tempo, a correria do dia-a-dia e o nervosismo fizeram com que ela procurasse na bebida um consolo. “Não sei explicar o motivo, meu casamento era bom, tenho uma vida financeira excelente e vivo bem com a minha família”. Nos dois meses que Simone está na casa, ela teve somente uma recaída. “Saí para consultar, parei em um mercado, comprei e bebi. Me arrependo muito”.
Feliz com o fato de agora estar conseguindo se controlar, Simone mostrou-se otimista quanto ao futuro, “quero reconstruir minha vida e conseguir de volta a confiança do meu marido e da minha filha”. Mesmo assim, ela diz que será muito difícil viver os problemas cotidianos sem ter sua ‘muleta’. “É difícil sair do alcoolismo, pois é uma droga que você encontra em qualquer lugar, no supermercado, no boteco. Para as outras drogas precisa-se de dinheiro. Com um real compro um litro de cachaça”.
Simone não sabe dizer o que a levou a buscar auxílio da bebida, mas os motivos pelos quais ela quer deixar o vício de lado são vários. O que mais me chamou atenção é a convicção de Simone. “Tenho fé em Deus, e vou me curar pela minha filha”. Ao fim da conversa, senti saudades de uma mulher que não conheço direito, mas que demonstrou ser uma guerreira, que luta constantemente contra o seu maior inimigo: o alcoolismo.
Era uma tarde de quarta-feira quando parti rumo a uma desconhecida clínica de reabilitação feminina. Motivo: conhecer alguém, conversar e escrever sobre ela. Mas como escrever sobre quem tão pouco conheço, ou melhor, tão superficialmente?
Minha primeira reação foi espanto, um lugar tão bonito, cheio de árvores e flores. Parecia aquele sítio onde todos querem passar o final de semana. Logo mais à frente encontrei cinco mulheres sentadas ao redor de uma mesa, jogando conversa fora, talvez, não sei. Silêncio total com a minha aproximação. Depois de várias explicações uma das mulheres levantou e disse:
- Eu quero falar!
Acredito que aqueles primeiros passos tenham sido realmente muito difíceis para aquela mulher. Seu olhar era de espanto e como ela tremia. Suor frio e mãos geladas era assim que Simone (nome fictício) estava. Sentadas lado a lado no sofá da sala, Simone e eu. Novamente o medo veio a minha cabeça. Como eu faço, o que pergunto, como será que ela vai se comportar mediante isso tudo? A calma veio logo. Simone, 34 anos, casada, mãe de uma menina de nove anos, está em fase de tratamento há dois meses. “Estou aqui por livre e espontânea vontade, vim porque preciso.
Eu já passei por duas clínicas. Me recuperei e voltei. Meu vício é o álcool...”, conta Simone. Senti naquele momento o desabafo e a dedicação de uma mãe que sonha em voltar a cuidar da família. “Se o regime fosse fechado eu não agüentaria. Não ter o que fazer durante todo o dia só nos faz pensar em besteira”.
Como qualquer outra mulher da sua idade, Simone trabalhava, cuidava da casa, do marido e da filha. A falta de tempo, a correria do dia-a-dia e o nervosismo fizeram com que ela procurasse na bebida um consolo. “Não sei explicar o motivo, meu casamento era bom, tenho uma vida financeira excelente e vivo bem com a minha família”. Nos dois meses que Simone está na casa, ela teve somente uma recaída. “Saí para consultar, parei em um mercado, comprei e bebi. Me arrependo muito”.
Feliz com o fato de agora estar conseguindo se controlar, Simone mostrou-se otimista quanto ao futuro, “quero reconstruir minha vida e conseguir de volta a confiança do meu marido e da minha filha”. Mesmo assim, ela diz que será muito difícil viver os problemas cotidianos sem ter sua ‘muleta’. “É difícil sair do alcoolismo, pois é uma droga que você encontra em qualquer lugar, no supermercado, no boteco. Para as outras drogas precisa-se de dinheiro. Com um real compro um litro de cachaça”.
Simone não sabe dizer o que a levou a buscar auxílio da bebida, mas os motivos pelos quais ela quer deixar o vício de lado são vários. O que mais me chamou atenção é a convicção de Simone. “Tenho fé em Deus, e vou me curar pela minha filha”. Ao fim da conversa, senti saudades de uma mulher que não conheço direito, mas que demonstrou ser uma guerreira, que luta constantemente contra o seu maior inimigo: o alcoolismo.
queria saber se no rio tem essa clinica e onde se localiza?
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