segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Sangue Frio

Postado em: 23/05/2008

A história dessa obra começa a ser contada a partir do momento em que é publicada uma manchete num jornal, sobre o assassinato de quatro membros de uma família no interior do estado do Kansas, Estados Unidos. O jornalista Truman Capote, que devia algumas matérias para a revista The New Yorker, para a qual havia trabalhado, resolveu transformar essa história trágica no primeiro romance de não-ficção. Foi a partir da publicação de A Sangue Frio que surgiu um novo gênero do jornalismo, o literário.
Após seis anos de muita investigação e sensibilidade ao abordar o tema, Capote reconstituiu a história tal como aconteceu. Desde os momentos finais da vida dos Clutter, até a execução dos assassinos. Isso tudo, sem gravar nenhum minuto de entrevista ou anotar uma frase. O que mais impressiona são os detalhes contidos no desenrolar da narrativa, como por exemplo, da filha assassinada Nancy, que penteava o cabelo 100 vezes pela manhã e 100 vezes à noite. Detalhes que só puderam ser obtidos devido ao sentido aguçado de Capote para contar boas histórias.
Com um jeito polêmico e irreverente, apenas 1m e 55 cm de altura e homossexual, Truman Capote revolucionou o fazer jornalístico, unindo muita criatividade ao jornalismo que vinha sendo feito até então, no que diz respeito à grande-reportagem. Tornando-a mais sedutora aos olhos do leitor, aprofundando-se nos aspectos mais íntimos de cada história. Sem esquecer em nenhum momento da realidade.
Esta leitura é fundamental para qualquer estudante de jornalismo, pois é um exemplo de qualidade jornalística, por trazer intrínseca no texto a verdadeira essência do Jornalismo, a sensibilidade ao narrar os fatos. Pois histórias envolvem pessoas, sentimentos. E é aí que se encontra o grande poder do jornalista. Contar histórias reais de modo claro, aprofundado e com muito respeito perante o leitor.


Por Adrieli L. Cecon e Karina L. Paza


6ª fase de jornalismo

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