Miguel de Cervantes
Loucuras não faltam neste livro. Sempre com o fiel escudeiro Sancho Pança, Dom Quixote vai vivendo lutas como a contra o moinho de vento que se transforma num exército terrível, e a emoção do amor pela sua amada Dulcinéia, uma jovem que amou, mas nunca conseguiu se casar com ela.
O mundo precisa de seus dom-quixotes para ter esperança de se tornar um lugar mais generoso para todos. É isso que Dom Quixote representa para os leitores, nesses cinco séculos, e mesmo para os que o conhecem sem ter lido. É o que torna essa obra eterna. Daquelas que despertam na gente o que o ser humano tem de melhor.
QUEM FOI MIGUEL DE CERVANTES
Consagrado como o maior escritor da Espanha, Miguel de Cervantes Saavedra é considerado um dos quatro gênios literários da humanidade – ao lado de Homero (Grécia, séc. VIII a.C.), Dante Alighieri (Itália, séc. XIII d.C.) e Shakespeare (Inglaterra, séc. XVII). Nasceu em Alcalá de Henares (Espanha) em 1547.
Era de família pobre e não fez estudos regulares. Alistou-se para combater os turcos, que ameaçavam dominar toda a Europa. Na batalha de Lepanto, em que os turcos foram derrotados perdeu a mão esquerda. Em 1575, o navio em que viajava foi assaltado por piratas, e ele ficou cinco anos preso na Argélia. Já na Espanha voltou a ser soldado e mais tarde desistiu da vida militar. E então pode dedicar-se mais a escrever sua obra (poesias e romances).
Preso devido a falsas acusações, começou a escrever na cadeia sua genial obra Dom Quixote de la Mancha. A primeira parte foi publicada em 1605. A segunda só foi publicada dez anos depois. Escreveu também peças teatrais, apresentadas em teatros de rua, como era de costume na época. Morreu pobre, em 1616 – mesmo ano em que faleceu Shakespeare, o maior dramaturgo de todos os tempos.
Por Fernanda Bertotto
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